quinta-feira, 7 de maio de 2009

Fim do blog.



Cheguei assim ao fim deste meu primeiro blog de Biologia e Geologia, espero que tenha conseguido esclarecer algumas dúvidas, porque quanto a mim ajudou-me imenso na interpretação de toda a matéria abordada neste 11º ano.

Espero que sejam propostas mais iniciativas destas, porque na minha opinião são bastante vantajosas para os alunos.

Então ... até para o ano, e continuação de bons estudos.

Assunto: noticia *

E para terminar este blog da melhor maneira aqui deixo uma notícia sobre este último tema das águas subterrâneas.


Falta de água às populações devida a má captação
Regional 2009-05-05 12:48

A abundância dos recursos hídricos de que dispõe a Região, contraria qualquer cenário de ruptura no fornecimento de água às populações, sendo que esta possibilidade surge unicamente pela má gestão que é feita da captação da mesma. (com ficheiro áudio)
A crítica é de Virgílio Cruz, ex-director regional dos Recursos Hídricos e Planeamento do Território que considera mesmo de “quase risível se não fosse por vezes muito preocupante”, a eventualidade do normal abastecimento de água às populações estar a ser posto em causa, devido à reduzida pluviosidade que se tem registado no arquipélago.

Em declarações à Açores/TSF a propósito das queixas expressas pelo sector agrícola relativamente à “seca”, que actualmente se faz sentir, e que poderá ter repercussões na água da rede pública, aquele especialista salienta que, em termos de recursos, o número que está calculado no Plano Regional da Água é na ordem dos 152 milhões de metros cúbicos por ano, “portanto um volume bastante elevado e também disperso pelas ilhas de modo heterogéneo”.

Por isso, para Virgílio Cruz, especialista na área dos recursos hídricos subterrâneos, não restam dúvidas: “A questão não se prende com a falta de recursos e também não com este ano menos pluvioso. A questão prende-se com a falta de sistemas integrados de abastecimentos adequados que consigam conduzir a água ás populações. Não é falta de água nos reservatórios subterrâneos. O que falta é mudar o paradigma da captação de água, é fazerem-se investimentos elevados, é certo, na construção de furos de qualidade que permitam levar a água às populações”, conclui.

Fonte:
www.google.pt
- notícias - aquíferos.

Águas subterrâneas

A água como é de nosso conhecimento é um bem vital para toda a biosfera. Tanto o ser humano como as plantas e animais, não podem sobreviver sem água.
A água circula na Natureza constituindo diferentes reservatórios no meio abiótico como oceanos, rios e glaciares, e também faz parte dos seres vivos.
Todo o movimento da água no nosso planeta constitui o circo hidrológico.



Fig. 1 - Ciclo hidrológico.

A hidrologia por sua vez é a ciência que estuda todos os fenómenos, movimentos e distribuição da água no nosso planeta.
A hidrogeologia tem como objectivo o estudo do armazenamento, circulação e distribuição das águas nas formações geológicas.

Reservatórios de água subterrânea - os aquíferos

As rochas podem funcionar como reservatórios de água.
Denomina-se assim de aquífero uma formação geológica que permite a circulação e o armazenamento de água em espaços vazios, possibilitando a distribuição desta pelo ser humano de forma economicamente rentável e sem impactes ambientais negativos.

As águas superficiais infiltrarem-se no solo, e a que não fica retida no solo atinge, posteriormente, a zona de saturação onde se movimentará e onde poderá ser armazenada, indo fazer parte das ditas águas subterrâneas.
Podemos assim distinguir dois tipos de aquíferos: aquífero livre e aquífero confinado ou cativo.

Aquífero livre – Neste tipo de aquíferos existe uma superfície em que a água se encontra em contacto com o ar, e apresenta a mesma pressão que a pressão atmosférica. É através da zona de recarga (que corresponde às camadas superfícies) que ocorre a infiltração da água. Os aquíferos livres podem ser superficiais ou sub superficiais, o que facilita a sua recarga mas também a sua contaminação.
Durante o processo descendente da água, esta atravessa diversas zonas com características distintas.

Fig. 2 - Zonas de humidade num aquífero livre (zona de aeração e zona de saturação) (imagem extraída de: CienTIC).


Num aquífero livre, o nível máximo, o nível máximo que a agua atinge é designado por nível hidrostático ou freático. A zona que se situa abaixo do nível topográfico e acima do nível freático chama-se zona de aeração. Nesta zona ocorre a infiltração de água em que os espaços vazios não estão só preenchidos por essa água mas também por ar.
Quanto a zona de saturação, apresenta uma camada impermeável na base e pode ser constituída por diferentes formações geológicas onde todos os espaços vazios estão preenchidos por água. O limite superior desta zona é o nível freático.

Aquífero confinado ou cativo - formação geológica onde a água se acumula e movimenta, estando limitada tanto no topo como na base por camadas impermeáveis. Nos aquíferos cativos a pressão da água é superior à pressão atmosférica. A recarga nestes aquíferos é feita lateralmente.

Fig. 3 - Diferentes tipos de aquíferos.


A captação das águas subterrâneas pode ser feita nos dois tipos de aquíferos através de furos ou captações.
Quando a captação da água subterrânea é realizada num aquífero cativo, devido à superior pressão da água comparativamente com a atmosférica, a água subirá até ao nível freático. Uma captação destas designa-se de captação artesiana. Se a captação é feita num local em que o nível hidrostático se encontra acima do nível topográfico, esta extravasa a boca da captação, sendo considerada uma captação artesiana repuxante.

Fig. 4 - Captação artesiana e captação repuxante (ambas realizada num aquífero cativo ou confinado).


Parâmetros característicos dos aquíferos

Na hidrogeologia é necessário quantificar a capacidade de um aquífero armazenar a água e determinar a viabilidade da sua extracção, pelo que se torna importante recorrer a diversos parâmetros como a porosidade e a permeabilidade.

Porosidade:
Entende-se por porosidade a percentagem de volume total da rocha ou dos sedimentos que é ocupado por espaços vazios, os poros.
A porosidade depende quer do tamanho quer da forma dos grãos, bem como do nível de compactação do material geológico.

Fig. 5 - Imagem de rochas com alta porosidade e baixa porosidade (rochas fissuradas) (imagem extraída de: CienTIC).


Algumas rochas sedimentares, como arenitos e conglomerados, têm poros entre os grãos de minerais, pelo que podem armazenar uma grande quantidade de água. As rochas cristalinas não têm poros entre os grãos de minerais, pelo que apresentam uma má porosidade. No entanto podem armazenar água em fracturas.

Permeabilidade:
A permeabilidade é a capacidade das rochas deixarem passar fluidos, como a água, através dos seus poros ou fracturas. A permeabilidade das rochas está directamente relacionada com as dimensões dos poros e com a forma como se estabelece a comunicação entre estes.

Fig. 6 - Alta e baixa permeabilidade nas rochas (imagem extraída de: CienTIC).


As formações geológicas com alta porosidade e alta permeabilidade são constituem bons aquíferos. Uma formação rochosa com alta porosidade mas baixa permeabilidade, pode conter uma elevada quantidade de água mas como esta flui muito lentamente, torna-se pouca rentável. Quando são rochas porosas, no entanto com poros de pequenas dimensões pode-se concluir que esses materiais são de baixa permeabilidade.


Composição química das rochas subterrâneas

As águas subterrâneas variam de local para local, como é facilmente comprovado através das diferentes águas provenientes de diferentes regiões.

Certos parâmetros como a composição química e as propriedades terapêuticas de uma água são importantes critérios para a denominação da água sob o ponto de vista legal. Por exemplo, em Portugal e de acordo com a legislação, as águas subterrâneas destinadas ao consumo humano podem ser classificadas como águas minerais naturais e águas de nascente.



Fig. 7 - Imagem sobre as diferentes águas para consumo humano, e quais os seus fins.


Outro parâmetro igualmente importante na caracterização da água é a sua dureza. Esta propriedade da água reflecte o seu teor global em iões alcalino-terrosos, cálcio e magnésio. A dureza da água é geralmente expressa em mg/l de CaCO3


Gestão sustentável das águas subterrâneas

As actividades antrópicas são as principais responsáveis pela introdução de impactos negativos na composição das águas subterrâneas. Por exemplo, a extracção de água subterrânea de forma não controlada nos aquíferos pode levar à sua degradação; a extracção de água doce nestes sistemas pode provocar a entrada de água salgada no aquífero, contaminando-a e tornando-a imprópria para consumo.

A exploração sustentada dos recursos geológicos é um modelo de gestão de recursos que se deveria adoptar, de modo a assegurar o desenvolvimento das sociedades dos países e não comprometer as necessidades básicas das gerações presentes e claro, das futuras.

Desta forma poderão seguir-se as seguintes medidas:

- Uma maior utilização dos recursos renováveis;
- Aumento do tempo de duração dos recursos não renováveis,
através duma redução de consumo, reciclagem e utilização de substitutos;
- Redução dos impactos ambientais negativos resultantes da exploração de recursos geológicos.

Assunto: notícias sobre as energias renováveis *

Ilhas de São Miguel e Flores com energias renováveis acima dos 50 por cento

As ilhas açorianas de São Miguel e Flores registaram, nos primeiros quatro meses deste ano, uma penetração de energias renováveis de 50 e 61 por cento, anunciou ontem o vice-presidente do governo regional. Sérgio Ávila adiantou que o governo pretende transformar o Corvo na primeira das ilhas açorianas em termos de penetração de energia renovável. Para isso, vai ser construída uma central hidroeléctrica reversível na ilha, alimentada por um parque eólico, anunciou.

O anúncio foi feito durante a inauguração da nova central termoeléctrica da EDA no Corvo, que representou um investimento de cerca de dois milhões de euros. A unidade vai substituir a anterior localizada no centro da vila e já ultrapassada.

Por sua vez, Roberto Amaral, presidente da EDA, prevê que a ilha Terceira poderá atingir uma autonomia energética próxima dos 50 por cento dentro de ano e meio, em consequência dos investimentos na construção de uma central geotérmica e num parque eólico.

O forte incremento dos investimentos efectuados nos últimos dez anos permitiu que a produção de energia eléctrica com origem renovável subisse dos 69,7 milhões de kWh em 1996 para os 130,3 milhões em 2006 no arquipélago. Esta evolução significa uma quase duplicação das energias renováveis, com a geotermia (calor da terra) a representar 64 por cento, a hídrica 23 por cento e a eólica 13 por cento do total produzido no último.

Fonte:
http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=5296


Portugal com potencial para aproveitar o dobro das energias renováveis

Além dos 12 025 MW estabelecidos nas metas das renováveis para 2010, Portugal tem ainda um potencial de 11 400 MW deste tipo de fonte de energia por explorar, ou seja, quase o dobro. Energia das ondas e centrais hídricas são os segmentos com maior margem, cujos investimentos poderão chegar aos 16 mil milhões de euros, apurou o Água&Ambiente.

Só na grande hídrica o País poderá ter capacidade para instalar mais 4000 a 5000 MW, estima António Sá da Costa, presidente da Associação Portuguesa de Produtores Independentes de Energia Eléctrica de Fontes Renováveis (Apren). Se considerarmos que o preço por MW ronda os dois milhões, o montante a investir pode chegar aos 10 mil milhões de euros. Na pequena hídrica, acredita, há ainda espaço para avançar até 400 MW, podendo os investimentos atingir os 1200 milhões de euros.

Além da hídrica, na linha da frente do potencial a implementar está a energia das ondas. Num período de 20 a 30 anos, acredita António Sarmento, director do Centro de Energia das Ondas, «poderão ser atingidos os 5000 MW na costa ocidental portuguesa, ao qual devem ser adicionados os potenciais da Madeira e dos Açores», que implicariam um investimento superior a 5000 milhões de euros.

No caso da biomassa, dificilmente se poderá ir além dos 250 MW traçados pelo Executivo. «Estamos a falar de biomassa florestal residual. Se se tratasse de uma actividade florestal devidamente certificada e virada para a produção de energia, então, poderíamos ir mais longe», diz Paulo Preto dos Santos, director-geral da Sobioen.

Para a eólica, a meta dos 5700 «é a adequada nesta altura», defende Aníbal Fernandes, presidente do consórcio Eólicas de Portugal, que considera que o novo decreto-lei que agiliza o licenciamento das renováveis é «um passo importante» para desenvolver o sector.

A meta do biogás, fixada em 100 MW, deverá ser difícil de atingir. Ao nível desta forma de produção energética pode admitir-se como exequíveis nove MW a partir de lamas de ETAR, 65 MW através dos resíduos do sector agro-pecuário e seis MW a partir de resíduos sólidos urbanos e dos aterros sanitários. Para este segmento deverão ser necessários 350 milhões de euros, contabiliza Paulo Monteiro, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

No que respeita ao fotovoltaico, está ainda por fazer «um estudo sério do potencial», alerta Kenneth Nunes, presidente da Sociedade Portuguesa de Energia Solar.

Fonte: http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=5177

Recursos minerais

Os elementos químicos podem estar presentes nos mais variados minerais, que por sua vez, encontram-se numa grande variedade de rochas.

Os diferentes minerais ou rochas, como por exemplo o granito que apresentam o elemento ferro em pequenas quantidades, numa percentagem próxima da média deste elemento na crusta terrestre.

Dá-se então o nome de clarke à concentração media de um elemento químico na crusta terrestre e exprime-se em partes por milhão (ppm).
Quando a concentração média de um determinado elemento químico excedo o clarke desse elemento, então pode-se afirmar que existe um jazigo mineral.
Fig. 1 - Exploração de um jazigo mineral.

Quando um mineral ou um conjunto de minerais sólido ocorre na natureza, com um certo interesse económico, do qual se pode obter beneficiação ou outros constituintes, teremos um minério (exemplo: ouro, prata, cobre, etc).

Fig. 2 - Exemplo de um minério, o ouro.

Os minerais resistentes à meteorização das rochas, são transportados pela água depositando-se em certas zonas dos cursos de água, formando jazigos designados de placers.

Durante o processo extractivo, são separados os componentes mineralógicos que não têm qualquer interesse económico. Designa-se então de ganga (ou estéreis) a parte não aproveitável que acompanha o minério extraído dos jazigos.
Os produtos não utilizados e não rentáveis acumulam-se e formam junto às explorações minerais depósitos superficiais, é denominada escombreira.

Fig. 3 - Acumulação de produtos não utilizados - escombreira.

IMPORTANTE: a exploração mineira pode provocar impactos ambientais negativos, como a desflorestação e a remoção das camadas dos solos; as escombreiras contêm também substâncias tóxicas (lixiviação) que podem provocar a contaminação das águas subterrâneas e dos próprios solos.


Materiais de construção

As rochas que afloram num país, após a extracção do meio natural, podem ser utilizadas por exemplo, na construção civil, na pavimentação, e na estatuária.
O cimento que hoje se utiliza na construção civil é produzido a partir de calcários e areias. As rochas sedimentares, metamórficas e magmáticas podem ser encontradas nas mais diversas construções de monumentos no nosso país.

A Igreja e a Torre dos Clérigos, no Porto, foram construídas a partir o “granito do Porto”.
Fig. 4 - Torre dos Clérigos, no Porto.

A Torre de Belém foi construída sobre um afloramento basáltico. A torre é constituída por calcário do Cretácico, abundante numa certa zona de Lisboa.
Fig. 5 - Torre de Belém, em Lisboa.

Pode-se concluir então que a abundância duma dada rocha numa dada região aumenta a probabilidade dessa rocha vir a ser utilizada como material de construção.

Outras rochas como mármore e brechas podem também ser utilizadas como pedra de construção em muitos monumentos.
Após a edificação dos monumentos a rocha exposta fica sujeita a uma série de factores químicos, físicos e biológicos que podem provocar a sua alteração.


Fig. 6 - Factores que podem provocar a alteração das rochas utilizadas na construção de diversos monumentos, ou utilizadas na construção civíl.

Energias renováveis, as energias do futuro

Energia geotérmica

A energia geotérmica é um recurso geológico que pode ser considerado uma fonte de energia limpa.
A geotermia é utilizada para produção de electricidade, aquecimento de água e de ambientes. As zonas vulcânicas são muito importantes para o aproveitamento desta energia, devido ao seu elevado valor de gradiente geotérmico. A água é o fluido que transporta o calor interno da Terra para zonas superficiais.
A água pode resultar da infiltração ou pode ser injectada pelos poços, no sistema geotérmico.
A temperatura da água pode ser 150ºC ou ainda inferior. Em Portugal continental, as temperaturas sendo relativamente baixas, este tipo de energia é utilizado para o aquecimento de água, em estufas e na piscicultura.
Entende-se por água termal toda a água subterrânea que tem uma temperatura superior em 4ºC em relação à temperatura atmosférica. No continente estas águas não excedem os 80ºC.

Fig.1 - Funcionamento de uma central geotérmica (produção de energia geotérmica).

Como já foi referido este tipo de energia é frequente e tem um maior aproveitamento em zonas de vulcanismo, como por exemplo, nos Açores. Nesta ilha de origem vulcânica faz-se o aproveitamento desta energia geotérmica de vapor de água a alta temperatura. Com a construção da central geotérmica existente na Ribeira Grande, uma vez que a temperatura do fluido geotérmico é muito elevada, o calor libertado é aproveitado na produção de energia eléctrica.
Fig. 2 - Central geotérmica da Ribeira Grande, nos Açores.

A energia geotérmica no nosso planeta cobre apenas 1% das nossas necessidades.

Neste tipo de energia tanto existem vantagens como desvantagens:
Fig. 3 - Quadro com vantagens e desvantagens deste tipo de energia.


Apesar de terem sido mencionadas apenas estas diferentes energias renováveis existem outras como por exemplo, a energia solar, a energia das marés, a energia da biomassa ou até o hidrogénio que tem sido bastante utilizado sobretudo nos transportes.

É importante ainda referir que no sentido de minimizar os efeitos causados pelo problema de obtenção de energias renováveis, deve-se:
- Reduzir os consumos;
- Procurar energias renováveis alternativas.




Energia eólica

A energia eólica é a
energia que provém do vento
. Este tipo de energia e a tecnologia envolvia no seu aproveitamento é a forma de obtenção de energia com um maior desenvolvimento nos últimos tempos.
A Alemanha é o maior produtor deste tipo de energia. Em Portugal, grande parte desta energia irá ser produzida no maior, pois é aí que os aerogeradores serão instalados.


Fig. 4 - Parque eólico de Sines, Litoral Alentejano.

A energia eólica não apresenta só vantagens, apresenta também algumas desvantagens:
Fig. 5 - Vantagens e desvantagens da energia eólica.


Energia hídrica

A energia hidráulica ou energia hídrica é obtida a partir da
energia pontencial de uma massa de água. É nos fluxos de água, como rios e lagos que ela se manifesta e pode ser aproveitada por meio de um desnível ou queda de água. Pode ser convertida na forma de energia mecânica através de turbinas hidráulicas ou moinhos de água.


Fig. 6 - A energia hídrica obtida a partir da energia pontencial da água.

É a forma de energia renovável mais utilizada no Mundo. A construção de barragens, actualmente, tem um forte impacto sob o ponto de vista ecológico e social.

Fig. 7 - Barragem da Valeira no Rio Douro.

O Canadá é o país com maior produção de energia hídrica.
Algumas vantagens e desvantagens trazidas por este tipo de energia:


Fig. 8 - Quadro com as diversas vantagens e desvantagens da energia hídrica.

Vídeo que aborda o tema das energia renováveis, e que se espera ajudar numa melhor compreensão deste:

A polémica energia nuclear

A Energia nuclear, quando foi descoberta, era entendida como uma potencial fonte energética para a humanidade. Mas, foi facilmente associada ao longo do tempo ao fabrico de armas de destruição maciça, daí a grande polémica em redor desta energia.

A energia nuclear envolve mudanças dos núcleos atómicos dos materiais utilizados nas reacções, em que posteriormente se libertam grandes quantidades de calor. Esse calor é então aproveitado de forma a provocar a vaporização da água, sendo o vapor utilizado mais tarde no uso da produção de electricidade.
Fig. 3 - Reacções entre vários núcleos atómicos (posteriormente, libertam calor).

Esta produção de energia eléctrica tem sido bastante polémica, devido aos elevados custos ambientais implicados nesta. Isto porque podem ocorrer acidentes nas centrais nucleares, e também devido ao facto dos resíduos produzidos serem altamente prejudiciais para a vida humana. Os níveis de radioactividade desses resíduos mantêm-se elevados durante centenas ou mesmo milhares de anos, o que pode provocar problemas nos indivíduos expostos a estes níveis.
Problemas como: cancro, malformações fetais, e pode mesmo causar atrasos mentais em crianças no seu período de gestação.

Uma das maiores dificuldades é encontrar locais para a construção de centrais nucleares, já que tem que se evitar ao máximo a contaminação dos solos e de certos organismos.

Fig. 2 - Tragédia na central nuclear em Chernobyl, que teve graves consequências mais tarde, como por exemplo, crianças que nasceram com mutações devido aos elevados níveis de radioactivade libertados.


A utilização desta energia pode-se esgotar facilmente se não for gerida de uma forma razoável e sustentada.

Aqui fica um vídeo que relata a polémica em volta deste tipo de energia, a energia nuclear:

domingo, 3 de maio de 2009

Assunto: notícia

Nota: A seguinte notícia foi retirada na íntegra de um site brasileiro, daí a linguagem se encontrar em português-brasil.

Aquecimento ultrapassará 2 graus Celsius sem cortes radicais de emissões


Pesquisas na revista 'Nature' estimam futuro de concentração de carbono.
Manter regime atual de queima de combustíveis pode significar desastre.

Do G1, em São Paulo

Ninguém sabe que nível de aquecimento global pode ser tolerado pelo planeta sem repercussões sérias para a humanidade e os ecossistemas da Terra, mas a maioria dos governos estabeleceu como limite "seguro" uma elevação de 2 graus Celsius na temperatura global no fim deste século. A má notícia, dizem dois estudos na revista científica "Nature" desta semana, é que sem cortes radicais nas emissões de gás carbônico -- em torno de 80% até 2050 --, é grande a chance de que o aquecimento global ultrapasse esse limite.

Icebergs se desfazendo perto do cabo York, na Groenlândia (Foto: Reprodução)


A conclusão foi alcançada independentemente pelas equipes de Myles Allen, da Universidade de Oxford (Reino Unido), e Malte Meinshausen, da Universidade de Potsdam (Alemanha). Usando metodologias diferentes, que levam em conta projeções da queima de combustíveis fósseis e simulações da reação do clima global à entrada de carbono na atmosfera, eles calcularam que tipo de intervenção seria necessária para tentar impedir que seja ultrapassada a barreira dos 2 graus Celsius de aquecimento.

O trabalho de Meinshausen e colegas mostra, por exemplo, que se 1.400 gigatoneladas de gás carbônico forem produzidas entre o ano 2000 e o ano 2050, teremos uma probabilidade de 50% de que o aquecimento passe o limite de 2 graus Celsius. Como quase 250 gigatoneladas do gás foram produzidas só nos primeiros sete anos do século 21, a emissão total de dióxido de carbono ficaria em torno de 1.750 gigatoneladas até a metade do século.

O governo Obama já fala em reduções na casa de 80% das emissões. Só o cumprimento dessa mata tem chances consideráveis de evitar o aquecimento catastrófico.


Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1103147-5603,00-AQUECIMENTO+ULTRAPASSARA+GRAUS+CELSIUS+SEM+CORTES+RADICAIS+DE+EMISSOES.html


Aqui fica outro site com uma outra notícia também relacionada com o tema dos combustíveis fósseis. Devido a direitos de autor não foi permitida a cópia do documento em que a notícia se inseria.


Fonte: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/04/23/emissao-de-gases-do-efeito-estufa-por-paises-ricos-sobe-em-2007-755399772.asp

Recursos geológicos - exploração sustentada

Recursos renováveis e não renováveis

Entende-se por recursos geológicos todos os bens de natureza geológica existentes na crusta terrestre e que são passíveis de aproveitamento.
O aproveitamento desses recursos geológicos depende da sua concentração na crusta terrestre.

Fig. 1 - Exemplos de recursos geológicos (imagem extraída de: CienTIC).


Todos os recursos geológicos classificados como depósitos conhecidos podem tornar-se reservas.
É importante referir, que os recursos geológicos podem ser, recursos não renováveis, ou seja, a sua exploração é feita a um ritmo superior ao da capacidade de regeneração da Terra, ou podem ser recursos renováveis, recursos que podem ser repostos à medida que são consumidos.

Fontes de energia

O crescimento económico e o aumento demográfico fez aumentar extraordinariamente os consumos energéticos, sobretudo o dos combustíveis fósseis.

Combustíveis fósseis

Os combustíveis fósseis resultam da transformação da matéria orgânica e podem ocorrer sob três formas: carvão (por exemplo, produção de energia eléctrica), petróleo (por exemplo, transportes, produção de energia eléctrica), e o gás natural (por exemplo, transportes, produção de energia eléctrica). São considerados recursos não renováveis devido ao tempo que demoram os processos que intervêm na sua génese.

Fig. 2 - Combustíveis fósseis - carvão, volframite e petróleo (imagem extraída de: CienTIC).

O uso intensivo dos combustíveis fósseis e a desflorestação têm contribuído para o aumento da temperatura na atmosfera de gases causadores do efeito de estufa.
Fig. 3 - Queima de combustíveis fósseis e desflorestação - causadores do aumento da temperatura atmosférica (imagem extraída de: CienTIC).

A temperatura tem aumentado ao longo destes anos, e estima-se que se nada mudar até 2100, a temperatura atmosférica elevar-se-á cerca de 6ºC.
Este problema pode agravar-se, pois os países em vias de desenvolvimento gastam metade da energia consumida pelos países desenvolvidos e à medida que esses países industrializados (desenvolvidos) vão progredindo vão aumentando os seus consumos energéticos.
A China e a Índia são dois exemplos dessa evolução.


As perspectivas de esgotamento destes combustíveis associado ao aumento dos preços destes, têm levado à exploração de outras fontes de energia alternativas, a energia nuclear e as energias renováveis, que se falará a seguir.

Rochas metamórficas (cont. II)

Texturas das rochas metamórficas

A textura de uma rocha é determinada pelo tamanho, forma e arranjo dos minerais que fazem parte da sua constituição.
Um tipo de característica textural, considerada relevante para a classificação das rochas metamórficas, é a existência ou ausência de foliação (estrutura planar que resulta dum alinhamento preferencial dos minerais anteriores ao processo metamórfico).

A clivagem, a xistosidade e o bandado gnáissico são três tipos de foliação de rochas de baixo, médio e alto grau de metamorfismo, respectivamente.

Fig. 1 - Textura foliada - clivagem, xistosidade e bandado gnáissico, respectivamente (imagem extraída de: CienTIC).


Clivagem - um tipo de foliação de rochas de baixo grau de metamorfismo; os processos metamórficos levam à orientação paralela dos minerais lamelares, como a moscovite e os minerais de argila. Este tipo de estrutura conduz ao aparecimento de planos de clivagem favoráveis à existência de fissilidade - facilidade da rocha se dividir em lâminas.

Xistosidade - característico de rochas de médio grau de metamorfismo; é uma forma de foliação desenvolvida pela orientação paralela de minerais tabulares e lamelares em rochas metamórficas de grão grosseiro (visível macroscopicamente), como os micaxistos; apresentam uma menor fissilidade comparativamente às rochas que sofrem clivagem.

Bandado gnáissico – é um tipo de foliação de rochas de alto grau de metamorfismo; tipo de foliação gerada por diferenciação em bandas por efeito de tensões dirigidas, por exemplo em certas rochas como o gnaisse.

Fig. 2 - Clivagem, xistosidade, bandado gnáissico (imagem extraída de: CienTIC).

Fig. 3 - Rochas com textura foliada, por exemplo, o gnaisse (primeira rocha representada) - (imagem extraída de: CienTIC).

Quanto à textura não foliada também designada granoblástica, é característica de rochas que têm origem em processos metamórficos relacionados com o metamorfismo de contacto, como por exemplo o quartzito, o mármore e as coreanas.

Fig. 4 - Rochas que apresentam textura não foliada - mármore, quartzito, rocha corneana (imagem extraída de: CienTIC).

Rochas metamórficas (cont.)

Tipos de metamorfismo Tendo em conta os contextos de ocorrência do metamorfismo, são habitualmente definidos vários tipos de metamorfismo dos quais se destacam: o metamorfismo de contacto e o metamorfismo regional.
Fig. 1 - Tipos de metamorfismo - metamorfismo de contacto e metamorfismo regional (imagem extraído de: CienTIC).


Metamorfismo regional - este tipo de metamorfismo afecta extensas áreas da crusta terrestre, tendo origem numa sequência de fenómenos relacionados com a formação de cadeias montanhosas (orogenia).
O metamorfismo regional está directamente relacionado com processos de convergência de placas.
Quando as condições de tensão e de temperatura ultrapassam determinados valores, ocorrem processos de fusão parcial entrando-se desta forma no o domínio magmático (transição do metamorfismo para o magmatismo - ultrametamorfismo).
Os principais factores do metamorfismo regional são os fluidos de circulação, tensões e temperaturas.

Metamorfismo de contacto –
ocorre em zonas de próximas de intrusão de rochas.
As rochas que se encontram junto à intrusão são sujeitas a elevadas temperaturas, sendo assim, alteradas, desenvolvendo-se uma zona de alteração mineralógica e estrutural, denominada auréola de metamorfismo.
Neste tipo de metamorfismo o factor principal é o calor, daí este processo geológico ser denominado igualmente de metamorfismo térmico.
A extensão da auréola metamórfica depende da dimensão do corpo intrusivo que se instala. As rochas metamórficas que se originam nas zonas mais próximas do corpo intrusivo são designadas, geralmente, de corneanas.
Verifica-se que a variedade de rochas resultantes do metamorfismo de contacto depende do tipo de rocha-mãe (protólito) onde o corpo magmático se instala, ou seja da natureza de rocha encaixante.

Fig. 2 - Intrusão magmática que ocorre no processo geológico representado - metamorfismo de contacto (imagem extraído de: CienTIC).

Vídeo que explica o metamorfismo das rochas, que pode facilitar a compreensão desta matéria, infelizmente não me foi possível encontrar um vídeo em português.