quinta-feira, 7 de maio de 2009

Assunto: notícias sobre as energias renováveis *

Ilhas de São Miguel e Flores com energias renováveis acima dos 50 por cento

As ilhas açorianas de São Miguel e Flores registaram, nos primeiros quatro meses deste ano, uma penetração de energias renováveis de 50 e 61 por cento, anunciou ontem o vice-presidente do governo regional. Sérgio Ávila adiantou que o governo pretende transformar o Corvo na primeira das ilhas açorianas em termos de penetração de energia renovável. Para isso, vai ser construída uma central hidroeléctrica reversível na ilha, alimentada por um parque eólico, anunciou.

O anúncio foi feito durante a inauguração da nova central termoeléctrica da EDA no Corvo, que representou um investimento de cerca de dois milhões de euros. A unidade vai substituir a anterior localizada no centro da vila e já ultrapassada.

Por sua vez, Roberto Amaral, presidente da EDA, prevê que a ilha Terceira poderá atingir uma autonomia energética próxima dos 50 por cento dentro de ano e meio, em consequência dos investimentos na construção de uma central geotérmica e num parque eólico.

O forte incremento dos investimentos efectuados nos últimos dez anos permitiu que a produção de energia eléctrica com origem renovável subisse dos 69,7 milhões de kWh em 1996 para os 130,3 milhões em 2006 no arquipélago. Esta evolução significa uma quase duplicação das energias renováveis, com a geotermia (calor da terra) a representar 64 por cento, a hídrica 23 por cento e a eólica 13 por cento do total produzido no último.

Fonte:
http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=5296


Portugal com potencial para aproveitar o dobro das energias renováveis

Além dos 12 025 MW estabelecidos nas metas das renováveis para 2010, Portugal tem ainda um potencial de 11 400 MW deste tipo de fonte de energia por explorar, ou seja, quase o dobro. Energia das ondas e centrais hídricas são os segmentos com maior margem, cujos investimentos poderão chegar aos 16 mil milhões de euros, apurou o Água&Ambiente.

Só na grande hídrica o País poderá ter capacidade para instalar mais 4000 a 5000 MW, estima António Sá da Costa, presidente da Associação Portuguesa de Produtores Independentes de Energia Eléctrica de Fontes Renováveis (Apren). Se considerarmos que o preço por MW ronda os dois milhões, o montante a investir pode chegar aos 10 mil milhões de euros. Na pequena hídrica, acredita, há ainda espaço para avançar até 400 MW, podendo os investimentos atingir os 1200 milhões de euros.

Além da hídrica, na linha da frente do potencial a implementar está a energia das ondas. Num período de 20 a 30 anos, acredita António Sarmento, director do Centro de Energia das Ondas, «poderão ser atingidos os 5000 MW na costa ocidental portuguesa, ao qual devem ser adicionados os potenciais da Madeira e dos Açores», que implicariam um investimento superior a 5000 milhões de euros.

No caso da biomassa, dificilmente se poderá ir além dos 250 MW traçados pelo Executivo. «Estamos a falar de biomassa florestal residual. Se se tratasse de uma actividade florestal devidamente certificada e virada para a produção de energia, então, poderíamos ir mais longe», diz Paulo Preto dos Santos, director-geral da Sobioen.

Para a eólica, a meta dos 5700 «é a adequada nesta altura», defende Aníbal Fernandes, presidente do consórcio Eólicas de Portugal, que considera que o novo decreto-lei que agiliza o licenciamento das renováveis é «um passo importante» para desenvolver o sector.

A meta do biogás, fixada em 100 MW, deverá ser difícil de atingir. Ao nível desta forma de produção energética pode admitir-se como exequíveis nove MW a partir de lamas de ETAR, 65 MW através dos resíduos do sector agro-pecuário e seis MW a partir de resíduos sólidos urbanos e dos aterros sanitários. Para este segmento deverão ser necessários 350 milhões de euros, contabiliza Paulo Monteiro, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

No que respeita ao fotovoltaico, está ainda por fazer «um estudo sério do potencial», alerta Kenneth Nunes, presidente da Sociedade Portuguesa de Energia Solar.

Fonte: http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=5177

Sem comentários: