sábado, 28 de março de 2009

Ínicio do estudo da GEOLOGIA

Ocupação antrópica e problemas de ordenamento

O aumento gradual da esperança de vida das populações humanas, tem conduzido a um aumento exponencial da população humana.
Os problemas do aumento populacional agravam-se em redor das grandes cidades, locais de destino de grandes fluxos migratórios. Esta pressão provoca uma intensa ocupação humana dos solos. Frequentemente, esta ocupação faz-se sem qualquer planificação ou conhecimento da área a ocupar, daí resultando impactos negativos que aumentam o risco geológico, ou seja, a probabilidade de ocorrência de acidentes geológicos, com prejuízos humanos e materiais. De entre esses acidentes salientam-se as inundações, as secas, os deslizamentos de terras, a actividade vulcânica e sísmica de intensidade elevada.

Para evitar que a ocupação antrópica crie cada vez mais problemas, é necessário definir regras de ordenamento do território.


Bacias Hidrográficas


Os rios são estruturas geomorfológicas resultantes de correntes de água superficiais de zonas de maior altitude para regiões de menor. O destino frequente dessas correntes de água é o oceano ou a corrente de outro rio de maior caudal. O rio, desde a sua nascente, até à foz, recebe água de rios, ribeiros e riachos afluentes, que vão engrossando o seu caudal. O conjunto formado pelo rio principal e pelos seus afluentes designa-se por rede hidrográfica. Uma rede hidrográfica recolhe e escoa toda a água superficial de uma dada área geográfica que a limita, a bacia hidrográfica.
Fig. 1 - Exemplos de várias bacias hidrográficas em Portugal (extraído de: cientic).


Fig. 2 - Rede Hidrográfica (extraído de: cientic).


O leito do rio é o espaço que pode ser ocupado pelas águas.
O caudal da água pode variar consoante a pluviosidade das regiões. Durante a estação seca (normalmente, o Verão) o leito pode baixar; durante a estação mais húmida, o Inverno, o leito tem tendência para aumentar. Esta subida do leito do rio durante as cheias designa-se por leito de cheia e as áreas que ficam cobertas de água constituem a planície de inundação.
Fig. 3 - Leito ordinário (canal fluvial) e leito de cheia.

Os rios desempenham um triplo trabalho geológico, que compreende uma acção de meteorização e erosão, de transporte e de deposição dos materiais ou sedimentação.

Meteorização e erosão - as águas em movimento podem provocar um desgaste físico das rochas. Essa acção de desgaste deve-se ao efeito de arrastamento dos materiais sólidos transportados. Todos os materiais soltos são removidos devido à pressão exercida pela água em movimento. Este processo de remoção designa-se por erosão.

Transporte - os materiais podem ser levados para maiores distâncias. Os fragmentos sólidos resultantes do desgaste das rochas, independentemente das suas dimensões, são designados por detritos e constituem parte da carga sólida do curso de água. O transporte dos detritos pelas águas pode fazer-se por vários processos:
- em suspensão, se são materiais finos;
- por saltação, rolamento ou arrastamento para materiais mais pesados e grosseiros.

Fig. 4 - Transporte dos sedimentos conforme as suas dimensões.

Sedimentação - consiste na deposição dos materiais, quer ao longo do leito, quer nas suas margens, quer na foz. A sedimentação é geralmente ordenada de acordo com as dimensões. Os materiais mais pesados e de maiores dimensões normalmente depositam-se mais para montante e os de pequenas dimensões e mais finos depositam-se a montante. A deposição de materiais é importante quando ocorrem cheias, formando depósitos no leito de cheia chamados aluviões.

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