sábado, 28 de março de 2009

Rochas sedimentares, arquivos históricos da Terra

As rochas sedimentares são habitualmente estratificadas e fossilíferas. Além disso, preservam determinadas estruturas que permitem desvendar as condições da sua formação. As superfícies de estratificação ocorrem frequentemente marcas que testemunham a existência de interrupções na sedimentação, como por exemplo: marcas de ondulação, fendas de dessecação, marcas das gotas da chuva ou mesmo presença de pegada, pistas de reptação fezes fossilizadas (icnofósseis).

Assim, a partir do princípio das causas actuais (o presente é a chave do passado), pode explicar-se o passado a partir do que se observa hoje, pois acredita-se que determinados fenómenos no passado são idênticos aos do presente.

Um dos principais elementos para o estudo do passado da Terra, são os fósseis. Os fósseis são considerados restos ou vestígios de seres vivos que viveram em tempos geológicos anteriores e que foram contemporâneos da génese da rocha que os contém.
Assim, o conjunto de processos que leva à preservação de restos ou vestígios de organismos nas rochas denomina-se de fossilização.

Processos de fossilização:

Mumificação - Os organismos são conservados inteiros e sem alterações, quando são envolvidos por um meio isolante que não permite o contacto com o oxigénio (âmbar)

Moldagem - O organismo ou alguma parte do corpo do ser vivo imprime um molde nos sedimentos que o envolvem. Muitas vezes, o organismo desaparece e apenas resiste o molde.

Mineralização - As partes duras podem ser preenchidas por minerais transportados em solução que substituem a matéria orgânica, mantendo inalterada a estrutura e a forma do órgão.

Marcas fósseis (Icnofósseis) - Vestígios de actividade dos animais, pegadas, marcas de reptação, ninhos, fezes, entre outros.

Fig. 1 - Diferentes processos de fossilização.

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